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COP30 discute meios de aumentar o número de árvores nas cidades

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A adaptação às mudanças climáticas é uma das principais pautas da COP30, aqui em Belém, no Pará. Com 87% da população brasileira vivendo nas cidades, o aquecimento do planeta interfere diretamente no dia a dia das pessoas. E quem não quer a sombra de uma árvore para amenizar o clima em um dia de muito calor?

Pensando nisso, arquitetos e urbanistas aproveitaram a Conferência para lançar a Coletânea Brasileira de Arborização Urbana, como forma de auxiliar o poder público no planejamento e implementação de uma infraestrutura verde nas cidades.

A professora da USP, Universidade de São Paulo, e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Luciana Schenk, diz que essa arborização precisa se adaptar à infraestrutura já existente, como postes, rede de esgoto e calçadas. Ela destaca a importância de se plantar árvores para aumentar a qualidade de vida nas áreas urbanas.

“Porque quando as árvores formam uma rede, se juntam às praças e aos parques, você tem um sistema sistema que a gente chama de resiliência. Então o bacana é que você faz um sistema que vai trabalhar em favor e quando você planta uma árvore, você faz uma bomba de água potente, que faz uma conexão entre o céu e a Terra. Gera diminuição de temperatura, captura de carbono, faz oxigênio, dá uma sombrinha boa e floresce, dá fruta. Só vejo coisa boa”.

A coletânea auxilia ainda o poder público a avaliar qual a melhor espécie de árvore a ser plantada, a depender do bioma onde o município está localizado. A arquiteta, pesquisadora e consultora da Unesco (Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura) Mila Montezuma, usa como exemplo a capital paraense, situada na floresta amazônica, para se pensar em cidades integradas ao meio ambiente.

“Nós estamos num bioma, essa entrevista acontece num bioma que tem uma dinâmica fantástica, uma conexão entre verdes e azuis, entre a vegetação e os sistemas hídricos que abastece um país inteiro, com chuvas. Árvores são essenciais para que nós tenhamos água, é fundamental. Vegetação urbana é infraestrutura, é infraestrutura de gestão de águas integrado na paisagem, é infraestrutura de comida, é infraestrutura de geração de energia. Então, é fundamental retomar a essência de um país, um país essencialmente tropical. É uma retomada da nossa própria identidade”. 

Também durante a COP30, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima lançou o Plano Nacional de Arborização Urbana. A política busca ampliar em 360 mil hectares a cobertura vegetal das cidades, além de aumentar de 45% para 65%, o número de moradores com mais de três árvores no entorno de seu domicílio.

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