Revelado pelo São Paulo e com passagens importantes por gigantes como Real Madrid, Arsenal e Roma, o ex-jogador da seleção brasileira, Júlio Baptista, está em Madrid, na Espanha, se preparando para uma nova etapa na carreira futebolística: a de treinador.
Aos 43 anos, Baptista concedeu entrevista ao programa espanhol, El Chiringuito, em que abriu o jogo sobre o futuro. “Não sei, mas é um fato. Quantos treinadores negros você vê nas cinco principais ligas?”, questionou.
“Eu não vejo muitos. Gostaria de pensar que é apenas uma coincidência, mas infelizmente não é. Há menos oportunidades. Espero ser eu quem irá reverter essa tendência. Nunca diga nunca”, prosseguiu La Bestia, como era conhecido no futebol europeu.
O ex-atacante também relembrou com emoção sua passagem pela Roma, da Itália. Ele defendeu a equipe por três temporadas, entre 2008 e 2010, quando já somava no currículo passagens importantes por Sevilla, Real Madrid e Arsenal.
“Às vezes, parece que em Roma só se lembram dos erros e não dos acertos”, lamentou o jogador, que chegou à capital italiana justamente na ocorrência da morte do então presidente do clube, Franco Sensi.
O início na equipe italiana foi de sucesso, sob o comando de Luciano Spalletti. Porém, tudo mudou quando a equipe trocou de treinador e anunciou a chegada do polêmico Claudio Ranieri.
“Eu me senti traído. Estava jogando bem na seleção brasileira, mas não fazia parte dos planos da Roma. Nunca me explicaram nada. Saí porque precisava me sentir como jogador novamente”, relembrou Baptista, que também criticou a forma como o assunto foi tratado na imprensa da Itália.
“Disseram muitas coisas sem sentido sobre mim. Muitas pessoas falaram sem saber dos fatos. Foi um momento difícil e, em vez de apoio, recebi ridicularização”, arrematou.
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Após a Roma, o jogador revelado em Cotia ainda defenderia o Málaga, na Espanha, antes de voltar ao Brasil para atuar pelo Cruzeiro. Ele passaria ainda pelo Orlando City, dos Estados Unidos, antes de pendurar as chuteiras.
