Por Pâmela Mello
Descubra como a história das mulheres foi silenciada ao longo dos séculos e por que a luta pelos direitos femininos continua essencial. Leia agora!
Hoje, quero falar sobre as encomendas do destino, como um patriarcado opressor derivado de um colonialismo escravagista. Quero abordar também os direitos das mulheres, que historicamente nunca foram negados por proibições explícitas, mas sim pela ausência de permissão.
Além disso, precisamos discutir o apagamento histórico das conquistas femininas, que muitas vezes são embaralhadas ou até mesmo eliminadas dos registros oficiais. Essas coincidências não são meras suposições, mas fatos historicamente comprovados.
Não há vitória, não há direito adquirido pelas mulheres sem luta, sangue, suor e abdicação materna.
Quem se lembra de ter aprendido, nas aulas de história, que o movimento sufragista surgiu do Movimento de Mulheres Operárias, vinculado ao Partido Socialista?
Quem já ouviu um professor mencionar que a Revolução Russa teve como estopim a greve das mulheres operárias, que reivindicavam igualdade de direitos, inclusive ao voto?
Ou ainda, quem já viu ser ensinado que o direito ao voto foi uma conquista das sufragistas após sua participação na Primeira Guerra Mundial (1914-1918)?
Talvez ninguém se lembre… porque essas aulas jamais existiram.
O déjà-vu aconteceu quando minha filha chegou à escola e anunciou que uma professora lhe ensinou que Bertha Lutz era uma heroína. A questão é: por que essa história nunca nos foi contada antes?
O desligamento das mulheres na história é uma realidade constante, e precisamos romper esse ciclo.
Mais de um século após a primeira conquista do sufrágio feminino no mundo, seguimos lutando pelo direito de existir, permanecer e transformar a política.
Seguiremos derrubando os dogmas patriarcais que nos rotulam como incapazes de união, racionalidade e enfrentamento.
Aceitamos o desafio da guerra política para que nosso sangue não seja mais símbolo de uma honra ignóbil e para que a dor secular da escravidão jamais nos paralise novamente.
Não queremos apenas mulheres que se moldem à política. Precisamos de muitas mulheres que transformam a política, redefinindo o poder.
Legitimaremos até a última mulher que a misoginia tentou ilegitimar!
Pâmela Mello PRESENTE!