Por Vinicius Mororó
Luiz Inácio Lula da Silva é uma das figuras políticas mais emblemáticas da história brasileira. De origem humilde, operário e líder sindical, chegou à presidência como o grande representante das classes menos favorecidas. No entanto, em seu terceiro mandato, Lula enfrenta uma crise de identidade política e perda de apoio popular. O preço que pagou para voltar ao poder levanta questionamentos sobre sua liderança e compromisso com os mais necessitados.
A Ascensão de Lula e a Era de Ouro (2003-2010)
Eleito em 2002, Lula assumiu a presidência em 2003 com a promessa de transformação social. Criou programas como o Bolsa Família, retirando milhões de brasileiros da pobreza. Seu governo foi marcado pelo crescimento econômico e pelo protagonismo global. No entanto, sua gestão também enfrentou o escândalo do Mensalão (2005-2006), que abalou sua credibilidade política. Apesar disso, conseguiu se reeleger em 2006 e encerrou seu segundo mandato com 87% de aprovação, um recorde na democracia brasileira.
Escândalos e Prisão: A Queda de um Ícone (2017-2019)
Lula voltou ao centro de um escândalo em 2017, sendo condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Sua prisão, em 2018, marcou um dos momentos mais dramáticos de sua trajetória, ficando 580 dias detido. Com o país polarizado, o ex-presidente se tornou símbolo tanto da resistência política quanto da corrupção sistêmica, dependendo da perspectiva de seus apoiadores e opositores.
A Volta ao Poder e o Novo Desafio (2023-2026)
Após suas condenações serem anuladas pelo STF em 2021, Lula voltou ao cenário político e venceu Jair Bolsonaro em 2022, reassumindo a presidência em 2023. No entanto, a realidade de seu terceiro mandato é diferente: aqueles que antes o viam como “presidente do povo” agora questionam suas decisões. O descontentamento cresce entre as minorias e as classes menos favorecidas, que sentem que perderam espaço e representatividade em seu governo.
O Preço da Volta: Perda de Apoio Político em 2025:
O apoio político que sustentava Lula começou a ruir. Em 2025, seu governo enfrentou desafios crescentes, e setores da base aliada passaram a demonstrar insatisfação. Embora não haja um processo formal de impeachment até o momento, a perda de apoio dentro do Congresso Nacional sinaliza um cenário político turbulento.
Conclusão:
A grande questão que fica é: Lula se tornou refém de sua sede de vingança contra os que o cassaram? Ou será que o peso do cargo e as alianças necessárias para governar o fizeram perder a conexão com o povo que sempre o apoiou? Enquanto a população nas ruas pede um olhar mais atento aos menos favorecidos, o futuro político do presidente se torna cada vez mais incerto.
