Área de três mil hectares em Cotia passa a ser Parque Estadual do Morro Grande. Medida garante proteção permanente ao bioma e preservação de mananciais que abastecem a Grande São Paulo.
✍️ Vinícius Mororó – Jornalista Atípico
Um marco ambiental e histórico para Cotia
A Reserva Florestal do Morro Grande, uma das maiores florestas urbanas do mundo, agora é oficialmente uma Unidade de Conservação de Proteção Integral.
A transformação da área em Parque Estadual do Morro Grande foi oficializada pelo governador Tarcísio de Freitas durante o evento Summit Agenda SP + Verde, realizado na capital paulista na terça-feira (4/11/2025).
O ato contou com a presença do prefeito de Cotia, Welington Formiga, que destacou a importância da conquista para a cidade e para o Estado.
“Ver a Reserva se tornando uma unidade de conservação é a realização de um sonho e mais um compromisso assumido que estamos realizando. Desde o início do ano, somamos os esforços da gestão municipal aos esforços de ambientalistas para este momento. Cotia será a locomotiva da sustentabilidade, um pulmão para a humanidade”, afirmou o prefeito.
Proteção de mananciais e biodiversidade
O novo Parque Estadual do Morro Grande abrange cerca de 3 mil hectares de área de Mata Atlântica preservada, com 260 espécies de árvores e 198 espécies de aves, além de dezenas de mamíferos silvestres.
O governador Tarcísio de Freitas reforçou o papel estratégico da unidade na proteção dos mananciais e nascentes que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo.
“Esse parque é super importante. No final das contas, a gente está falando de proteção dos mananciais, de nascentes que beneficiam mais de 400 mil pessoas. Tenho certeza de que é um passo muito importante”, destacou o governador.
Além de preservar o bioma, a nova categoria de proteção garante que qualquer uso do território seja exclusivamente voltado à pesquisa, educação ambiental e turismo sustentável, impedindo ocupações irregulares e exploração econômica predatória.
Gestão estadual e turismo sustentável
A gestão do Parque Estadual do Morro Grande ficará sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, por meio da Fundação Florestal.
A previsão é que o parque seja aberto ao público em 2026, com estrutura voltada ao ecoturismo, trilhas interpretativas, observação de aves e projetos de educação ambiental.
Além disso, a área integrará oficialmente o Cinturão Verde da Região Metropolitana de São Paulo, reconhecido pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, ampliando a visibilidade internacional da preservação ambiental em Cotia.
Proteção do entorno e patrimônio histórico
Em agosto deste ano, a Prefeitura de Cotia realizou o tombamento provisório da Vila Operária do DAE, localizada ao lado da reserva, para impedir a destruição do conjunto histórico e evitar a ocupação irregular nas áreas de amortecimento do parque.
A medida foi considerada estratégica por urbanistas e ambientalistas, já que o crescimento desordenado e a especulação imobiliária ameaçavam o entorno da mata.
Com o decreto estadual, a proteção passa a ter força legal permanente, fortalecendo a política ambiental e patrimonial do município.
Importância ecológica e social
Com a consolidação do Parque Estadual, Cotia se consolida como um dos municípios mais verdes da Região Metropolitana, e o Morro Grande se torna símbolo da integração entre preservação ambiental, patrimônio histórico e sustentabilidade urbana.
O parque também funcionará como um laboratório vivo para universidades, escolas e pesquisadores, com foco em monitoramento da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas.
✍️ Vinícius Mororó – Jornalista Atípico
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