Rose Soares Violência Política de gênero
Rose Soares Pré candidata a Deputada Estadual
1. Nome, idade, Cidade de atuação.
Res.: Rose Soares, 46 anos.
Barueri SP
2. Ocupa cargo público? Qual?
Res.: Sim
Professora de Desenvolvimento Infantil
3. Já disputou algum pleito? Nos conte um pouco sobre essa experiência.
Res.: Sim, nas última eleições municipais, eu, juntamente com mais 6 mulheres em sua maioria negras e periféricas, concorremos a uma vaga na Câmara Municipal de Barueri. O Juntas Por Barueri, conquistou após o brilhante trabalho dessas mulheres, a 7 candidatura mais bem votada da cidade. Sendo a 2 candidatura feminina melhor colocada com 3.134 votos. Isso dentro de um cenário de pandemia, numa cidade conservadora, onde não tínhamos verba, sobrenome político e ainda viemos com uma proposta de enterrar a velha política. Denunciando os desmandos da atual administração e contra a compra de votos que geralmente além de dinheiro vivo, envolve a negociação de serviços públicos que deveriam ser acessíveis para todos.
4. Participa de movimentos sociais ou Instituições não Governamentais? Quais?
Res.: Sim, faço parte do Coletivo Movimento Vivas, EIG - Evangélicas pela Igualdade de Gênero e Marcha das Mulheres Pretas entre outros.
5. Qual episódio de violência política de gênero mais lhe marcou? (Não precisa citar nomes).
Res.: Em uma recente manifestação na Câmara Municipal de Barueri, contra falas homofóbicas e transfóbicas de um vereador, o coletivo Juntas Por Barueri, foi expulso do recinto sob ordem do presidente da Câmara que ainda por cima nos mandou ir lavar roupas. Um claro caso de violência de gênero que pretende nos dias atuais, determinar quais lugares as mulheres podem estar. O machismo, aliado ao corporativismo na política, torna o mandato das mulheres nos espaços legislativos, expostos diariamente a episódios onde são silenciadas, reprimidas e humilhadas em plena sessão, sem que não haja nenhum tipo de constrangimento por estarem sob as câmeras sendo transmitidos ao vivo.
6. Quais os meios, em sua opinião, são os mais eficazes no enfrentamento a violência política de gênero?
Res.: O primeiro meio é o enfretamento, as mulheres já eleitas não podem se acovardar em agir, denunciar e dar publicidade aos episódios ocorridos nas Câmaras. Depois temos que eleger muito mais mulheres e mulheres pretas pra nos representarem nesses espaços, assim poderemos propor leis que previnam esses atos violentos e machistas. E por último, promover debates, rodas de conversas e palestras com a participação de figuras públicas, sociedade civil, entidades jurídicas e quem mais desejar somar nessa luta contra a violência de gênero na política.