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Eleições 2024: Quanto vale seu voto?

Eleições 2024: Quanto vale seu voto?

Data de Publicação: 14 de setembro de 2024 23:51:00

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Eleições 2024: Quanto vale seu voto?

 

Por, Vinicius Mororó

Estamos em 2024, em meio ao frenesi de mais uma eleição, onde milhões de reais deslizam pelas ruas e pelas telas dos celulares, embalando jingles, promessas e sorrisos encenados. O cenário já é conhecido: outdoors espalhados pelas cidades, perfis de redes sociais inundados com imagens perfeitas de candidatos, e um desfile de carreatas que aparentam ser uma festa da democracia. Mas, ao observarmos mais de perto, surge uma pergunta incômoda: por que tanto investimento? 

O eleitor, frequentemente exposto a uma avalanche de propaganda eleitoral, precisa parar e refletir. Se todo esse esforço e, principalmente, todo esse dinheiro, eram de fato movidos pelo amor à Cidade, pela paixão pelo povo, por que seria necessário esse marketing agressivo? O interesse por trás desse investimento é genuinamente em resolver os problemas da Cidade ou existem forças muito maiores, ocultas por trás de um sorriso plastificado e uma promessa vazia?

Aqueles candidatos que, na época da campanha, distribuíam cestas básicas e promessas acompanhadas de sorrisos muitas vezes desaparecem após a eleição, ou então figuram nas manchetes, lado a lado com seus patrocinadores

As campanhas eleitorais, sabemos, não são baratas. São patrocinadas por empresários, grandes grupos econômicos e partidos que, no dia seguinte ao resultado das urnas, começam a bater à porta de quem financiou suas candidaturas. E como se recuperar um investimento que, por vezes, ultrapassa a casa dos milhões? Os caminhos são conhecidos: contratos públicos, licitações viciadas e, muitas vezes, a direção direta dos cofres públicos. Dinheiro que deveria estar nas escolas, nos hospitais, no saneamento básico, em melhorias urbanas e rurais, acaba sendo desviado. E não é por acaso que tantos rostos antes glorificados acabam estampando nas páginas policiais.

O eleitor, no entanto, ainda tem um último refúgio: o voto consciente. Em tempos de desesperança, onde a política parece ser um jogo de cartas marcadas, essa é a última barricada. O poder de escolher quem vai nos representar, quem vai administrar os recursos públicos, quem vai decidir o futuro das próximas gerações.

Portanto, antes de votar, pergunte-se: quanto vale sua esperança? Quantos reais valem o futuro que você deseja para si e para seus familiares e amigos? O voto não é um cheque em branco, é uma promessa de cobrança. Quem deve pagar a conta não é o povo, mas quem usa seu nome para chegar ao poder.

E você, está disposto a cobrar?

 

 

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