A Marcha dos Prefeitos a Brasília em Defesa dos Municípios celebra seu 25º encontro.

No coração pulsante de Brasília, onde a política encontra sua voz mais vibrante, a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios celebra seu 25º encontro. Este ano, a atmosfera está carregada de expectativas e promessas, um reflexo do desejo ardente dos prefeitos de todo o país por mudanças significativas e um futuro mais justo para suas cidades.

No palco do Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ergueu-se diante de uma plateia atenta e esperançosa. Sua voz, cheia de convicção e paixão, reverberou pelo auditório: "Eu tenho muito orgulho de chegar na frente de qualquer prefeito desse país, de qualquer partido político, de qualquer tamanho de cidade e dizer para vocês: nunca antes na história do Brasil um presidente tratou os prefeitos com carinho e com respeito que nós tratamos os prefeitos".

A fala de Lula, além de ser um gesto de reafirmação de seu compromisso com os municípios, simboliza o retorno de uma relação mais próxima e respeitosa entre o governo federal e os entes municipais. Ele ressaltou a importância das cidades como o palco onde a vida cotidiana se desenrola e onde as políticas públicas realmente mostram seus efeitos: "É na cidade que as pessoas brigam por educação, por saúde, lazer, emprego. É na cidade que as pessoas têm o prefeito todo santo dia na sua frente".

Com o tema "Pacto Federativo: um olhar para a população desprotegida", o evento deste ano promete ser um espaço de discussão fervorosa e de propostas concretas. Com mais de 2,5 mil prefeitos e quase 9,5 mil participantes, a programação extensa de 62 horas deve abordar desde as questões fiscais até as novas formas de financiamento e apoio aos municípios.

Durante a abertura, o presidente assinou um decreto crucial que simplifica a gestão de transferências voluntárias da União, facilitando a relação dos municípios com os ministérios e com a Caixa Econômica Federal. Além disso, anunciou a manutenção de 8% da alíquota da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento dos municípios para 2024, novas regras para financiamento de dívidas previdenciárias e precatórios, e a inclusão dos municípios com menos de 50 mil habitantes no programa Minha Casa, Minha Vida.

Lula enfatizou a necessidade de um governo que escuta e responde: "Tudo que vocês pedem, 100%, nem sempre a gente consegue atender. Mas, muitas vezes, a gente consegue atender mais do que as pessoas imaginavam".

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reiterou a importância do diálogo constante com as entidades municipais. Ele destacou o compromisso do governo em fortalecer o pacto federativo com responsabilidade fiscal e combater as desigualdades: "A retomada dessa mesa de trabalho depois de um governo que destruiu as medidas de arrecadação dos municípios e estados mostra a dedicação e compromisso da construção de um governo municipalista".

O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, destacou os avanços obtidos ao longo dos anos, refletindo a força da união entre os prefeitos e o governo federal: "As conquistas que começaram lá em 1999, depois intensificadas no primeiro governo Lula, chegam hoje a um trilhão e setecentos bilhões de reais".

O evento também trouxe à tona a grave crise climática enfrentada pelos municípios gaúchos. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, chamou a atenção para a necessidade de aprender com as tragédias para evitar futuros desastres e ressaltou a união dos prefeitos como chave para a transformação do país.

Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, sublinhou a importância de ouvir e respeitar os prefeitos: "Os prefeitos e prefeitas que aqui estão, não importa se são do Norte ou do Sul, se são de municípios grandes ou pequenos, ricos ou mais pobres, a nossa obrigação é ouvi-los, é recebê-los, é respeitá-los, como autoridades muito legitimadas a representar a população brasileira".

A Marcha dos Prefeitos não é apenas um evento anual. É uma celebração da democracia em sua forma mais pura, um testemunho da resiliência dos líderes locais e um símbolo do compromisso de um governo que, acima de tudo, valoriza e respeita a força de seus municípios. Este ano, mais do que nunca, a esperança se renova, e a promessa de um Brasil mais justo e unido ressoa forte nas palavras e ações daqueles que lutam diariamente por um futuro melhor para todos os brasileiros.