Combate aéreo e terrestre do Governo de SP controla incêndios em parques de SP
Data de Publicação: 7 de setembro de 2024 22:23:00 Aeronaves com capacidade para até 400 litros d'água atuam desde ontem no combate às chamas; focos estão contidos nos parques na Cantareira, Campos do Jordão e Atibaia
Combate aéreo e terrestre do Governo de SP controla incêndios em parques de SP
Aeronaves com capacidade para até 400 litros d'água atuam desde ontem no combate às chamas; focos estão contidos nos parques na Cantareira, Campos do Jordão e Atibaia
O trabalho em terra e com helicópteros diminuiu drasticamente o número de focos de incêndio em parques estaduais nesta sexta-feira (6). Segundo a Fundação Florestal, no fim da tarde, os dois únicos focos, já em fase final de rescaldo, se encontravam no Núcleo Cabuçu, do Parque Estadual da Cantareira, na divisa entre São Paulo, Mairiporã e Guarulhos, e no Parque do Itapetinga, em Atibaia. Isso foi possível graças às novas medidas adotadas pelo Governo de SP, com o lançamento de água por via aérea associado à atuação das equipes em solo.
Esse combate aéreo foi necessário principalmente na Unidade de Conservação da Cantareira, já que as chamas estavam em áreas muito íngremes, em que o acesso por terra era impossível. No Itapetinga, as equipes terrestres conseguiram controlar a situação. Na zona de amortecimento do Parque Mananciais Campos do Jordão, o fogo foi apagado hoje por volta das 12h.
Cada helicóptero tem capacidade para despejar 400 litros d'água a cada voo. Na última quinta-feira (5 de setembro), duas aeronaves fizeram 51 sobrevoos para lançamento de água sobre os focos no Cantareira. Nesta sexta-feira (6), uma delas continuou captando água da represa Cabuçu, que fica na região, para resfriar os pontos ainda com fogo.
Nesta sexta-feira, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, e o diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, acompanharam o trabalho de combate ao fogo no Parque Estadual da Cantareira. "Saímos de uma situação muito crítica, com chamas de alta intensidade, até observando alguns pontos de fogo de copa, para chegarmos agora em uma situação de menor intensidade", explica Levkovicz, da Fundação Florestal.
"Nós temos uma preocupação muito grande com nossas Unidades de Conservação, estamos com todas as nossas equipes mobilizadas e de prontidão. Fortalecemos o combate direto e estamos também focados e investindo na prevenção dos incêndios", destaca a secretária Natália Resende.
Outra importante medida adotada pelo Governo de SP foi o fechamento de 81 Unidades de Conservação, incluindo parques, no último domingo (1). A decisão foi justamente para proteger a população e direcionar os funcionários para atuar diretamente nos incêndios. Além disso, a ideia também é evitar que algum visitante fique preso em uma trilha em meio às chamas. O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios.
Reforço nas ações
O Governo de São Paulo ampliou o número de bombeiros civis em quase 80% para combater as chamas neste período crítico. A estrutura da Fundação Florestal conta com centenas de brigadistas, vigilantes, vigilantes motorizados, e vários tipos de equipamentos que são usados por esses profissionais. Entre eles estão: caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, picapes 4x4, quadriciclos, sopradores, atomizador costal, roçadeiras, motosserras, bomba costal e abafadores. Além disso, só neste ano, a fundação realizou mais de 1.500 km de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios.
O estado também liberou ontem mais R$ 5,9 milhões para a contratação de serviços de monitoramento e combate a incêndios florestais com aeronaves. Foram contratadas 120 horas de voo de monitoramento e 300 de combate aéreo, somando 420 horas. Os trabalhos irão continuar pelos próximos dias.
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