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Dia dos Filhos: Um em cada cinco pais jamais conversa sobre dinheiro e finanças pessoais

Dia dos Filhos: Um em cada cinco pais jamais conversa sobre dinheiro e finanças pessoais

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 Dia dos Filhos: Um em cada cinco pais jamais conversa sobre dinheiro e finanças pessoais

 

  • Comportamento reproduz dinâmica familiar: 56% dos adultos não tiveram educação financeira na infância;
  • Pesquisa revela que 18% dos pais só introduzem o tema quando os filhos já estão na pré-adolescência, a partir dos 12 anos;
  • O beabá das finanças e o valor das coisas podem começar a partir dos 3 anos de idade;
  • Aprender a dizer não é um ritual de aprendizado para pais e filhos.

Abril de 2024 – Um em cada cinco pais brasileiros jamais conversa com os filhos sobre dinheiro e finanças pessoais, indica pesquisa divulgada pela Serasa para marcar a passagem do Dia dos Filhos, celebrado em 5 de abril. Entre os pais que abordam o tema com as crianças, 24% iniciam o diálogo a partir dos 5 anos de idade e 23% na faixa de 6 a 8 anos. Os dados foram coletados pelo Opinion Box.

Para Felipe Schepers, COO do instituto e responsável técnico pela pesquisa, o silêncio se explica na reprodução de comportamentos familiares. Afinal, 56% dos adultos disseram não ter tido educação financeira na infância. "E, infelizmente, 18% dos adultos entrevistados só colocam a pauta das finanças na família quando o filho já é um adolescente, a partir dos 12 anos de idade", lamenta o influenciador Thiago Godoy, o Papai Financeiro, ao analisar as melhores formas de introduzir o diálogo sobre dinheiro com crianças e adolescentes.

 

 

Mestre pela Fundação Getúlio Vargas e autor do best-seller "Emoções Financeiras", Godoy explica que o melhor momento para introduzir essa conversa dentro de casa envolve a percepção dos filhos em relação ao mundo. "A idade ideal pode ser em torno dos 3 a 5 anos, começando com conceitos simples, como a espera pela gratificação e o valor das coisas, progredindo para ideias mais complexas conforme a criança cresce", explica. "Importante sempre ter em mente que a melhor educação financeira é sempre o exemplo do pai, da mãe ou mesmo de um irmão mais velho".

Como observa o Papai Financeiro, "não adianta falar um monte de coisa e fazer diferente. Os filhos vão repetir os pais e, por isso, é importante toda a família se educar financeiramente".

Dicas para crianças

  • A partir dos 3 anos, ensinar o verdadeiro valor do dinheiro e a importância de a criança aprender a esperar para obter algo desejado, como um brinquedo ou um passeio especial. Isso pode ser feito por meio de jogos, brincadeiras de faz de conta com notas fictícias ou pequenas tarefas que podem render recompensas.
  • Aprenda a dizer "não" para alguns desejos dos pequenos. O dinheiro deve ser associado a um esforço, não como um recurso ilimitado – uma oportunidade de ensinar sobre escolhas e prioridades. Explicar o motivo do "não" ajuda a criança a desenvolver o entendimento sobre limitações financeiras.
  • A mesada é uma excelente ferramenta para ensinar sobre orçamento: o valor pode ser definido com base nas necessidades e capacidade financeira da família.
  • É importante ser consistente e claro sobre o que se espera que seja coberto com o dinheiro da mesada.

Dicas para adolescentes

  • A partir dos 10 ou 11 anos, os filhos já possuem maior compreensão a respeito do seu entorno: caso a educação financeira não tenha sido introduzida na infância, comece com o básico e ajuste o diálogo ao nível de maturidade do filho.
  • Dê responsabilidades financeiras e estimule a participação em decisões familiares sobre orçamento.
  • Introduza noções de planejamento financeiro e economia para objetivos a médio e longo prazos: estratégias podem incluir jogos de simulação financeira, aplicativos de orçamento e debates sobre notícias financeiras.
  • Adolescentes acima de 12 anos já podem abrir uma conta bancária, sob supervisão dos pais.
  • Monitore a conta do filho e ensine-o a usar cartão de forma consciente. Esse também é um bom momento para dialogar sobre fraudes e segurança online.
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