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Entrevista: Yalorixá Paola de Yemojá

Entrevista: Yalorixá Paola de Yemojá

Tema: Sacerdócio e Orixá, a busca pela Origem é a busca por Si!

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Entrevista: Yalorixá Paola de Yemojá

Tema: Sacerdócio e Orixá, a busca pela Origem é a busca por Si! 

1. Breve Apresentação: Nome, Nacionalidade, aonde reside hoje, sua Casa de Axé. 

Paola Ferreira, brasileira, residente em Osasco e guapimirim, casa de axé em Guapimirim, Rio de Janeiro

 

2. Quando o Orixá começou a fazer parte da sua vida?

- Nascida dentro de familia umbandista, fui batizada aos 8 meses de vida no dia 8 de dezembro na umbanda, a partir desse momento os Orixas e
dinvidades ja começaram a fazer parte da minha vida, sendo inserida na umbanda aos 9 anos de idade e aos 18 anos no culto aos Orixas no candomblé
e hoje aos 44 anos iniciada dentro do culto tradicional Yoruba em Oyo, Nigéria !


3.Como foi pra senhora chegar até a Nigéria ?

 
- A 9 anos eu falo pela internet com a Dra Paula Gomes, embaixadora cultural de Oyo, ela é responsável pelo trabalho de preservaçao da cultura e das tradiçoes yorubas em Oyo, seu trabalho junto com o saudoso Alaafin Oba Lamidi Olayiwola Adeyemi sempre me despertou muita curiosidade e surgiu uma vontade imensa de conhece-los.
Através da Dra Paula Gomes eu consegui fazer contato com os sacerdotes Yorubas e organizar minha viajem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. O que sentiu assim que cehgou na terra dos Orixas ?
 

- A experiencia é transcendental, a gente imagina ir, conhecer, estar, mas quando de fato chegamos, um misto de emoçoes nos invade !
eu vi o local de culto a Yemoja de perto, no rio Ogun, eu vi o famoso mercado Akesan, onde o Esú de mesmo nome é cultuado, vi o palacio de KOso de Sango, é tudo
extraordinário, a emoçao é gigantesca mesmo !
 
 
 
 
 
5. Quando despertou em seu coração a vontade de sair do País e ir de encontro ao culto ao Orixá em sua Origem?

- Meu falecido Babalorixá sempre me incentivou a buscar Yemoja na origem, beber da fonte, e em 2010 ele começo a me incentivar a isso, eu sempre tive muito medo
de sair do país pra Nigéria, pois sempre me falaram coisas absurdas do País, coisas que descobri hoje que nao sao verdades.

6. A Iyá passou por uma iniciação lá. Correto? Conte-nos um pouco (dentro do possível) de como se sentiu, como foi essa experiência em ser acolhida,
reafirmada pelo mesmo Orixá?


- Quanto ao acolhimento, foi total. O povo yoruba é fantastico, receptivo, muito educado, honesto, trabalhador, amigo de verdade, paciente, enfim
sao inumeraveis as virtudes daquele povo.
Eu fiz 2 iniciaçoes, a primeira para Egbe Orun e a secunda para Yemoja, nos 2 rituais eu me senti fantastica, foram experiencias incriveis, tudo muito magico
eu encontrei num pais tao distante uma familia, amigos, pessoas que me aconlheram e me amaram incondicionalmente, eu vi e senti Orixa na pele, é surreal !

7. Há muitos mitos (até mesmo inverdades) sobre como é hostil o ambiente e quão difícil e inacessível é toda a experiência que viveu.
 O que pode dizer para quem almeja realizar essa mesma jornada?


-Essas inverdade me fizeram postergar minha viajem, infelismente existem pessoas ávidas por dinheiro no brasil que para eles é vantajoso que nós nao tenhamos acesso
ao povo yoruba, ao culto como de fato é na Nigéria, mas a ajuda que a Dra Paula Gomes dá, todo o suporte, é fenomenal, nao nos deixa duvidas e fazemos uma viajem
tranquila de fato !

A Nigéria é um país cheio de problemas sociais como o Brasil, mas nao existe nada que nao estejamos acostumado aqui ou que pelo menos tenhamos visto de perto.
Quem quiser fazer uma viajem tranquila deve se programar fazer contato com a Asa Orisa Alaafin Oyo, com a Dra Paula Gomes e ela dará todo o suporte e informaçoes
necessarias para uma estadia perfeita


8. O que mudou? Quais as diferenças ( internas e/ou externas)? Yalorixá Paola de Yemonjá antes e depois dessa jornada.

- Eu encontrei uma paz que nao sabia que existia, eu reconectei caboos soltos, essa é a minha sensaçao. o meu processo de mudança é constante, essa viajem
acelerou e me melhorou muito como pessoa e ser humano, sigo na busca da perfeiçao, ela é incessante.

Hoje eu dou menos importancia a coisas que antes pra mim tinha muito significado, essa viajem serviu pra eu desacelerar minha vida, me aproximar mais do ser humano
abriu meus olhos pra minha vida e pro culto que professo, hoje o meu candomblé é mais simples, menos gasto, menos luxo e menos desperdicio, isso foi muito marcante!

A equipe do Jornal Impacto Cotia agradece a confiança e o carinho.
 
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SO DO CULTO ESIN ORISA IBILÉ ATRAVÉS DE MEUS ESTUDOS COM DOIS SACERDOTES AFRICANOS QUE MORA NO BRASIL .E EM 1997- COMECEI MEUS ESTUDOS E ME CONVERTI AO CULTO TRADICIONAL DE ORIGEM AFRICANA - FUI ADEPTA DO CANDOMBLÉ MUITOS ANOS . ALIÁS FUI DA UMBANDA. E DA UMBANDA MIGREI PARA O CANDOMBLÉ E DO CANDOMBLÉ MIGREI PARA O CULTO IORUBA. E AGORA TENHO PLANO DE VIAJA PARA OYO ATERRA DOS YORUBANOS, EM MISSÃO ESPIRITUAL,