Português (Brasil)

O clima esfriou. Como fica o prato?

O clima esfriou. Como fica o prato?

Especialistas do Vera Cruz Hospital orientam sobre a ingestão de alimentos durante o inverno para manter a temperatura corporal adequada e sem sobrecarregar o organismo

Compartilhe este conteúdo:

O clima esfriou. Como fica o prato?

Especialistas do Vera Cruz Hospital orientam sobre a ingestão de alimentos durante o inverno para manter a temperatura corporal adequada e sem sobrecarregar o organismo

 

Julho, 2023 – Se, por um lado, a gastronomia ganha destaque durante o clima de inverno, com pratos à base de carnes gordurosas, feijoada, caldos cremosos, fondues, chocolates e guloseimas de festas julinas, por outro, é essencial não se render aos exageros. É verdade que o corpo precisa de mais calorias para manter a temperatura corporal durante o frio, como explica a nutricionista Fernanda Mangabeira. Mas a cardiologista Mayara Pachêco Gonçalves Martins alerta que o consumo excessivo pode culminar em infarto cardíaco e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

"Equilíbrio", portanto, é a palavra de ordem. "No frio, o corpo trabalha mais que o normal para manter a temperatura interna, e isso faz com que se queime mais calorias para manter o metabolismo ativo. Então, uma média de 200 calorias são gastas a mais do que em outros períodos do ano", conta a nutricionista.

Ultrapassar muito a quantidade de calorias e gorduras ingeridas, inclusive, pode comprometer o funcionamento do organismo, como explica a cardiologista. "O consumo excessivo de alimentos gordurosos e calóricos aumentam os níveis de placas de colesterol, podendo, assim, causar obstruções nas coronárias, culminando em infarto cardíaco e AVC. Além disso, a má alimentação também aumenta a incidência de hipertensão, diabetes e obesidade", salienta.

As recomendações, porém, nem sempre são seguidas, resultando em um índice maior de problemas cardíacos. "Em temperaturas mais baixas, os vasos sanguíneos sofrem constrição, aumentando, assim, a frequência do coração e, consequentemente, o consumo de oxigênio pelo músculo cardíaco. Em pacientes já suscetíveis, isso pode aumentar a chance de um infarto. Por isso a importância de uma alimentação saudável a longo prazo".

Segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), as ocorrências de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) podem aumentar em até 30%, especialmente em temperaturas abaixo de 14°C. Pacientes com idades entre 75 e 84 anos e aqueles que já apresentam doenças relacionadas ao coração são os mais vulneráveis.

Por isso, a cardiologista indica incluir no cardápio alimentos "amigos do coração": frutas, oleaginosas, caldos e sopas preparados com legumes e verduras. A nutricionista completa que também é preciso ter preocupação especial com vitaminas, nutrientes e minerais a fim de garantir mais imunidade, evitando, por exemplo, gripes e resfriados.

"Geralmente, há uma resistência aos alimentos frios, então, a orientação é consumir frutas, nem que sejam de outras maneiras, como uma banana assada, maçã ou pera cozida com canela, que são formas mais 'quentinhas' delas. Os legumes e verduras podem ser refogados em vez de crus, dando uma sensação mais confortável por conta de estarem quentes. Essas são algumas alternativas para não deixar de ingerir minerais, nutrientes e sais minerais necessários ao corpo", propõe Fernanda.

Um outro ponto que exige atenção é a hidratação. "No inverno, há um consumo menor de líquidos, mas é importante ressaltar que a hidratação deve ser mantida, e uma das opções é consumir chás", sugere.

E, por último, mas não menos importante, a cardiologista lembra das atividades físicas. O jeito é driblar a preguiça dos dias com temperaturas mais baixas. "Pensar sempre na saúde é primordial. Não existe dica para isso, mas, sim, disciplina e determinação", encoraja. Mas antes de sair por aí se exercitando, a médica salienta que é preciso fazer uma avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade. "Pode ser um cardiologista ou clínico geral e, se possível, ter um acompanhamento com nutricionista e preparador físico, pois pode ser muito vantajoso", conclui.

Sobre o Vera Cruz Hospital

Há 79 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase seis anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.

Compartilhe este conteúdo: