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Parlamento Europeu condena ataques golpistas às instituições democráticas no Brasil

Parlamento Europeu condena ataques golpistas às instituições democráticas no Brasil

Resolução aprovada por ampla maioria dos parlamentares da União Europeia aponta onda extremista em todo o mundo e enxerga coadunação de ex-presidente aos ataques antidemocráticos promovidos por apoiadores

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Parlamento Europeu condena ataques golpistas às instituições democráticas no Brasil

Resolução aprovada por ampla maioria dos parlamentares da União Europeia aponta onda extremista em todo o mundo e enxerga coadunação de ex-presidente aos ataques antidemocráticos promovidos por apoiadores

Documento pede, explicitamente, que o resultado democrático das eleições seja respeitado - Foto: European Union 2022

O Parlamento Europeu condenou os ataques golpistas realizados contra as sedes dos Três Poderes no Brasil no dia 8 de janeiro. Com 319 votos a favor, 46 contra e 74 abstenções os parlamentares da União Europeia aprovaram resolução, na manhã desta quinta-feira (19/1), na qual manifestam apoio ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e relacionam a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro com os atos antidemocráticos. O documento pede, explicitamente, que o "resultado democrático das eleições" de outubro sejam aceitos.

Uma onda mundial de extremismo é relatada no documento, associando o vandalismo promovido Brasil aos atos antidemocráticos ocorridos contra o Capitólio dos Estados Unidos, ainda em 2021. De acordo com a resolução, os ex-presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro desempenharam um "papel fundamental" nos incidentes americano e brasileiro.

A motivação para os ataques no Brasil, segundo o Parlamento, está intimamente ligada à descrença em relação ao sistema de votação. Atitude bastante estimulada pelo ex-presidente. Aos apoiadores do ex-presidente resta aceitar os resultados das eleições, uma vez que não há evidências de fraude, traz o texto.

As redes sociais são citadas no documento como terreno fértil aos discursos de ódio, em razão de pouca fiscalização e punição aos atos. "As plataformas de mídia social continuam falhando em moderar ou restringir a difusão de campanhas antidemocráticas, fascismo transnacional e extremismo, especialmente por meio de algoritmos que promovem conteúdo odioso e desinformação, bem como sua relutância em remover conteúdo ilegal".

Os parlamentes europeus consideram urgente maior rigor de verificação quanto à disseminação de informações falsas, bem como quaisquer mensagens violentas, com conteúdo ilegal ou que incitem ações contra a democracia e o bem-estar social. Além disso, o colegiado cita a importância de órgãos de fiscalização, "como a DSA, que regulam as plataformas de redes sociais e as empresas tecnológicas dos Estados Unidos, a fim de combater e prevenir eficazmente a propagação do discurso de ódio".

Por meio da resolução, o Parlamento Europeu apoia investigações para encontrar os financiadores dos atos e manifesta preocupação com possíveis ações e omissões agentes públicos da Polícia Militar e do Governo do Distrito Federal.

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