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Projeto ‘Acolher’ encerra a 3ª edição atendendo autistas e seus familiares

Projeto ‘Acolher’ encerra a 3ª edição atendendo autistas e seus familiares

Na manhã desta terça-feira (20/12) aconteceu o encerramento da 3ª edição do Projeto ‘Acolher’, realizado pela Secretaria de Saúde de Cotia por meio da coordenação de Saúde Mental do município no Fundo Social de Caucaia do Alto.

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Projeto ‘Acolher’ encerra a 3ª edição atendendo autistas e seus familiares

Na manhã desta terça-feira (20/12) aconteceu o encerramento da 3ª edição do Projeto ‘Acolher’, realizado pela Secretaria de Saúde de Cotia por meio da coordenação de Saúde Mental do município no Fundo Social de Caucaia do Alto. O projeto atendeu cerca de 60 crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares em rodas de terapia, interação, atividades, avaliações e orientações que contaram com a participação de alunos de fisioterapia da Unip.

O projeto existe desde 2021 e começou com grupos de 18 a 20 famílias, a terceira edição encerrou com quase 60. “Isso é resultado de um trabalho que dá resultado. As pessoas vão conhecendo, vão multiplicando e o projeto vai crescendo. Para 2023, vamos ampliar para a região central de Cotia e, posteriormente, para a região da Granja Viana”, disse Jefferson Dias, Secretário adjunto de Saúde.

A dona Maria Socorro L. R. Santos é avó do Jonathan, de 5 anos. Conheceu o projeto este ano e inscreveu o neto. Os resultados no dia a dia, segundo ela, foram positivos. “A gente [mãe e avó] estava desesperada. Minha filha ficou sem convênio e a gente não sabia o que fazer. Me orientaram a procurar o CAPS Infantil, depois fizemos a carteira do autista [CIPTEA – Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista] e foram em casa falar do Acolher. Estamos participando e tem sido maravilhoso [sic]”, disse Maria Socorro.

Segundo ela, o neto, que era muito agitado, não falava nada e não aceitava o contato com outras pessoas, melhorou muito nestes aspectos. “Ele começou a falar algumas palavras, a gente já consegue entender. Tá aprendendo a dormir de noite, antes ele trocava a noite pelo dia. A gente nota ele mais tranquilo em relação às outras pessoas. Com certeza eu indico o ‘Acolher’ pra todo mundo [sic]”, completou Maria Socorro.

No último encontro do ano, Nádia Giaretta, especialista em Distúrbios do Neurodesenvolvimento e coordenadora do CAPS Infantil, entregou às famílias um painel de rotinas diárias. “Em nossos encontros, a gente trabalhou a independência dos autistas, abordamos situações que auxiliam na autonomia na hora de sentar, de levantar, de brincar, de se alimentar, de fazer a higiene pessoal, de interagir. Por isso, este painel foi entregue, para ajudar as pessoas a seguirem a rotina e a reconhecerem com um ‘like’ que será colado a cada atividade executada”, disse.

Para Soraya Moraes, coordenadora da Saúde Mental de Cotia, a parceria com a Unip é fundamental neste projeto. “Os estudantes de fisioterapia trazem um trabalho maravilhoso e agradecemos muito esta parceria. Contamos com ela na expansão do projeto, pois queremos alcançar cada vez mais pessoas”, destacou Soraya.

A professora de Fisioterapia da Unip e responsável pelo estágio dos alunos falou sobre a experiência. “Fisioterapia é muito contato, então a gente chega com uma abordagem personalizada para a realidade de cada paciente do projeto. Nosso objetivo é contribuir com a independência de vida diária, sempre respeitando a vontade individual”, explicou. 

O evento também contou com a presença de Solange Pires, da gestão da saúde, e com uma equipe da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente que, por meio do ‘Pedágio Ambiental’ fez a doação de mudas de árvores para os presentes.

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