A violência doméstica e familiar atinge milhares de pessoas nos quatro cantos do mundo.

Na grande maioria dos casos, acontece de forma silenciosa e dissimulada. Ocorre no espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive entre pessoas que convivem esporadicamente. Para além do que as estatísticas apresentam, a violência doméstica e familiar é praticada, geralmente, dentro de casa e envolve desde agressões físicas ou verbais, até exclusão, abandono, abuso sexual, negligência e maus-tratos.

A violência não escolhe idade, gênero, orientação sexual, nível social, cultural, socioeconômico, crença religiosa ou cor. As vítimas são crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos. Este tipo de violência, com frequência, vem acompanhada de segredo e negação, fazendo com que muitos casos sequer cheguem ao sistema de justiça ou mesmo ao sistema de Saúde.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: Se diferencia da violência familiar ou intrafamiliar por incluir pessoas que convivem no espaço doméstico sem laços nem função de parentesco – inclui pessoas que convivem no ambiente familiar, como empregados, cuidadores e visitantes esporádicos. VIOLÊNCIA FAMILIAR OU INTRAFAMILIAR: É aquela cometida dentro ou fora de casa por membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função de responsável legal, ainda que sem laços de sangue.

O que posso dizer é que O DIÁRIO DE UMA ESTAGIÁRIA não só vivenciou o horror de relatos de vítimas de violência, como não somente observou o lado mais sombrio de agressores de todos os tipos. Em uma das ocasiões, um agressor disse para a vítima (no B.O), que inclusive era sua companheira de mais de 10 anos: ‘’Vou atear fogo em você e em nossos 2 filhos’’.

Eu penso que hoje não mais sabemos, de fato, se dormimos com alguém que confiamos e que jurou votos de amor no início do relacionamento, ou ao lado de assassinos, agressores, estupradores, etc. Todavia, acredito que alertar pessoas para que cada vez mais elas despertem desses pesadelos, ainda é uma luta que precisa de apoio do Poder Público e punições mais severas na legislação. Enquanto as coisas não mudam de fato, cada um tem sua parcela de responsabilidade social em uma sociedade cada vez mais machista, racista, preconceituosa.

Os responsáveis que ensinem seus filhos  desde muito pequenos a  respeitar a figura do ser humano,  a divisão de tarefas, para que ao crescerem, não tenham convicção de que mulheres nasceram para afazeres domésticos enquanto homens vão ao futebol; e também, que criança tem que ser criança e não vulgarizar sua imagem, expondo em vídeos e músicas inapropriadas, evitando que se tornem crianças precoces aos 10 a 14 anos de idade com conotações sexuais implícitas na forma de se vestir, na maneira de falar e no convívio social... Educar ainda é a chave.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: DENUNCIE! 180.

Tatiane Teixeira