Hoje mais do que combater um terrível vírus, a fome que infelizmente invade a casa de milhões e se avizinha outros tantos milhões, precisamos nos unir para tratar a sociedade brasileira. Ela está parecendo a doença do desamor.

É impossível continuar seguindo esse modelo de sociedade mal copiado da Europa e Estados Unidos, fruto de uma adaptação simplista de uma minoria que não vê progresso e evolução senão na “fiel repetição” de valores lá estabelecidos, não levando em conta a constituição desse país continental e plural que é o Brasil.

A sociedade estadunidense é a que mais mata com armas de fogo, por acidentes domésticos, por violência no mundo. A sociedade europeia é alvo de diversas tragédias pelo mesmo objeto.

Nos últimos anos o Brasil teve a sua política sobre armas facilitada, contrariando a vontade da maioria expressa em plebiscito popular que referendou o “Estatuto do Desarmamento”. Desde então estamos acompanhando tragédias cometidas por indivíduos sob as mais diversas alegações, claro que em sua totalidade nenhuma delas apresentam motivações justas. O que há de comum entre todos esses eventos? A falta de amor e empatia.

Muitos especialistas no assunto farão diversas análises a respeito desse tão relevante assunto, porém, gostaria de chamar a atenção a necessidade dos templos religiosos, com as mais diversas orientações espirituais, trabalharem desde as suas lideranças aos demais adeptos a dinâmica do amor, que pode ser facilmente compreendido através da ótica cristã seja ela católica, protestante ou espírita, budista, judaica, de matriz africana, muçulmana, etc.

Religião, seja ela qual for, tem por finalidade tornar o ser humano uma pessoa melhor para si e, consequentemente, para o mundo. Sem entrar em detalhes sobre cada doutrina, é certo que todas elas convergem na observância de valores que norteiam seus adeptos ao respeito mútuo, empatia, solidariedade, cuidado com a terra, bem comum a todos. Esse conjunto de valores contribuem para formação de pessoas mais humanizadas.

Dentro da ótica das Religiões de Matriz Africana, não podemos tirar a vida de ninguém, nem mesmo a própria vida, acreditamos que somos templo de Orixa, somos continuidade, memória Ancestral que não pode ser apagada. Praticar o amor é contribuir para a constante evolução do ser humano, os valores vividos por nossos verdadeiros crentes emanam a energia vital que transforma o mundo através da transformação contínua do ser humano, a essa força chamamos Axé.

Precisamos urgentemente nos irmanar, trabalhar para fazer prevalecer em nossa sociedade o que nos converge, que é o amor, a empatia, e juntos curar a nossa sociedade que padece do mal do desamor, que não possui outro remédio senão o amor que habita em nós. Axé! Amém! Salamaleico! Shalon! Paz! Sarava! Namaste!