Rota Sorocabana e Nova Raposo: concessões terão quase 50 km de ciclovias e ciclofaixas

Rota Sorocabana e Nova Raposo: concessões terão quase 50 km de ciclovias e ciclofaixas

Data de Publicação: 25 de agosto de 2024 21:56:00 Os projetos trarão mais segurança aos ciclistas, além do incentivo ao transporte sustentável. Usuários contarão com novas ciclovias, ciclofaixas e melhorias nos trechos existentes

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Rota Sorocabana e Nova Raposo: concessões terão quase 50 km de ciclovias e ciclofaixas


Os projetos trarão mais segurança aos ciclistas, além do incentivo ao transporte sustentável. Usuários contarão com novas ciclovias, ciclofaixas e melhorias nos trechos existentes

Os editais de concessões rodoviárias do Lote Nova Raposo e Rota Sorocabana, qualificados no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP), preveem a implantação, reconfiguração e revitalização da infraestrutura cicloviária, totalizando 46,42 quilômetros (km) de extensão entre ciclovias e ciclofaixas. Os investimentos são de mais de R$ 25 milhões.

A proposta é instalar 21,47 quilômetros de ciclofaixas, 14,1 km de ciclovias novas e realizar melhorias em 10,85 km de ciclovias já existentes. As futuras concessionárias serão responsáveis por apresentar levantamento monitorado de todos os trechos onde há circulação de ciclistas, as condições atuais e ampliações planejadas.

"Na Rota Sorocabana, a instalação de ciclovias está prevista no trecho mais urbano de Sorocaba, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), e a revitalização de dez quilômetros na Rodovia João Leme dos Santos (SP-264), entre Sorocaba e Salto. Já no Lote Nova Raposo, a previsão é de instalação de ciclofaixa entre São Paulo e Cotia, nas marginais da SP-270, do km 10,94 ao km 32,41", explica a diretora da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), Raquel França Carneiro.

No decorrer do contrato, as futuras concessionárias deverão realizar estudos de viabilidade para a implantação de mais quilômetros de vias para uso de bicicletas, como avaliação de trechos onde há maior circulação de usuários. Para as rodovias que não estão previstas obras de ampliações, as ciclovias também deverão ser consideradas.

"É importante reforçar que durante a concessão teremos monitoramento de necessidades de ciclovias. Ou seja, ao longo dos 30 anos de contratos, pode ser que as iniciativas privadas instalem mais ciclovias, dependendo do perfil e necessidade da região e atendendo as normas técnicas vigentes", esclarece Raquel.

Os estudos realizados pelo Governo contaram o com a aplicação da metodologia iRAP (International Road Assessment Programme, na sigla em inglês), um programa internacional de segurança viária que mapeia o trecho rodoviário e indica medidas necessárias a fim de aumentar a segurança da rodovia e dos usuários, incluindo pedestres e ciclistas.

Mais segurança para ciclistas nas rodovias paulistas

O vigia Rômulo Henrique Pessoa Alves (38), morador do bairro Jardim Brasilândia, em Sorocaba, avalia que a ampliação de ciclovias no interior do estado é importante para quem usa a bicicleta como meio de transporte. Diariamente, ele faz um percurso em torno de 20 quilômetros para o deslocamento da casa ao trabalho, além de 70 quilômetros de pedaladas para treino e recreação, nos finais de semana.

"Além de ser meu principal meio de transporte, a bike é muito prática e econômica. É fácil de ir ao trabalho, comprar alguma coisa na cidade, passear, encontrar um lugar para estacionar/ guardar. Já cheguei a fazer comparação em horário de pico no trânsito e cheguei ao meu destino senão mais rápido ou ao mesmo tempo em comparação a um carro", disse.

A ciclovia é uma área específica para circulação de ciclistas em duas mãos de direção, pavimentada, sinalizada e segregada dos passeios e calçamentos para circulação de pedestres. Já a ciclofaixa é um espaço delimitado na própria pista, junto aos demais veículos, sinalizada a partir de uma pintura ou demarcação no chão. No caso das rodovias, elas são implementadas em pista de rolamento ou no acostamento da via. De acordo com o Decreto nº 63.881/2018, que regulamenta o Plano Cicloviário do Estado de São Paulo (Lei nº 10.095/1998), um dos objetivos da implementação de infraestrutura viária de ciclovias ou ciclofaixas em rodovias estaduais pavimentadas é garantir a segurança dos usuários.

"A legislação prevê que os novos projetos de rodovias estejam alinhados com as demandas da sociedade civil, além da necessidade de realização de levantamentos, estudos técnicos de demanda e viabilidade técnica e econômica para implantação de ciclovias ou ciclofaixas", acrescenta Raquel, diretora da CPP.

Para Rômulo, projetos como esse incentivam a sustentabilidade, além de estimular mais pessoas a criar o hábito de pedalar. "Uma via exclusiva traz o sentimento de segurança e incentiva que as pessoas busquem formas alternativas. Às vezes, muitas não fazem percursos de bike por receio e medo de sofrerem acidentes. Então, iniciativas como essa só somam, além de que em cima da bicicleta, a gente tem um olhar diferente, a gente consegue ver a vida com mais detalhes", conclui.

Programa de Parcerias de Investimentos (PPI-SP)

Os projetos Rota Sorocabana e Lote Nova Raposo fazem parte do PPI-SP, uma iniciativa do Governo do Estado que visa ampliar as oportunidades de investimento, emprego, desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, ambiental e industrial em São Paulo.

Com foco nas áreas de Rodovias, Mobilidade, Social e Água/Energia, o PPI-SP está realizando o maior e mais completo programa de investimentos com a iniciativa privada da história de São Paulo, beneficiando a população paulista e impulsionando o crescimento econômico regional. Ao todo, já são 24 projetos qualificados e uma carteira de mais de R$ 470 bilhões.

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