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Rosângela Santos Violência Política de gênero.

Rosângela Santos Violência Política de gênero.

Rosângela Santos Ex Vereadora entre 2017-2020

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Nome: Rosângela Santos
Idade: 37 anos
Cidade de atuação: Embu das Artes
2. Ocupa cargo público? Qual?
Res.: Fui vereadora entre 2017-2020. Atualmente não ocupo cargos públicos.

3. Já disputou algum pleito? Nos conte um pouco sobre essa experiência.
Res.: Disputei dois pleitos, em 2016 para vereadora, no qual fui eleita à vereadora mais votada de toda a cidade. Em 2020 disputei a prefeitura, alcançando mais de 27 mil votos. Apesar de ter ficado em 2º lugar, fui a candidata a prefeita com mais votos do PT no Estado de São Paulo.
Essas disputas e resultados foram um grande processo de amadurecimento. E também foram muito gratificantes por todo o carinho que recebi nessa trajetória. Sinto que a população está disposta a apostar na renovação e na responsabilidade.
4. Participa de movimentos sociais ou Instituições não Governamentais? Quais?
Res.: Desde minha adolescência participo de movimentos de moradia, que deram muitos frutos, inclusive o projeto Residencial Casa Branca, um condomínio popular que hoje abriga a minha e outras centenas de famílias.
Também sou fundadora e presidente da Associação Comitiva Esperança, uma ONG com diversas atividades e projetos sociais, voltado para todas as idades.
5. Qual episódio de violência política de gênero mais lhe marcou? (Não precisa citar nomes).
Res.: Em 2020, enquanto exercia minha função de vereadora, fui fiscalizar os hospitais de campanha após receber algumas denúncias de maus tratos e negligência. Ao chegar no local fui impedida de entrar no local por um “capanga” do prefeito, que na época não ocupava nenhum cargo. Cerceando o direito de fiscalização sem nenhuma justificativa plausível, de forma muito agressiva e intimidadora. Felizmente rapidamente diversos moradores apareceram e se revoltaram contra esse “jagunço”. Essa mesma pessoa sofre processo por tentativa de homicídio triplamente qualificado, além de injúria racial e desacato à uma médica, funcionária pública.
6. Quais os meios, em sua opinião, são os mais eficazes no enfrentamento a violência política de gênero?
Res.: A violência política de gênero é um desdobramento do machismo estrutural. Esse problema só vai passar com a mudança social ao longo dos anos, com mais mulheres disputando e ocupando cargos públicos, promovendo o debate com qualidade.
Durante a pandemia surgiram alguns levantamentos estatísticos que as cidades que melhor reagiram na pandemia eram governadas por mulheres. Porém, apesar de sermos mais da metade da população, ocupamos em média apenas 15% das vagas nas Assembleias e Câmaras. Quando nos unirmos e mudarmos esse cenário, com participação popular, promovendo políticas públicas de qualidade, tenho certeza que a violência política de gênero diminuirá drasticamente.

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