Alunos de Cotia ficam sem o TEG nesta terça, será vingança pelas Urnas?

Por Vinícius Mororó

A manhã de hoje começou tumultuada para pais e responsáveis dos alunos em Cotia. Logo cedo, uma notificação pegou todos de surpresa: o transporte escolar gratuito (TEG), essencial para a movimentação de centenas de crianças da cidade, anunciou uma paralisação. A razão? Falta de pagamento. A decisão gerou apreensão e revolta, especialmente para as famílias cujos filhos precisam desse transporte para acessar escolas a mais de dois quilômetros de suas residências ou onde a vaga mais próxima for indisponível.

Em um gesto de responsabilidade, os motoristas do TEG se comprometeram a buscar as crianças que haviam sido levadas às escolas no turno da manhã. No entanto, os alunos que assistem aulas à tarde ficaram sem qualquer garantia de transporte, deixando pais e mães em situação de desamparo. Como uma gestão que buscava eleger sua sucessora pode, agora, desconsiderar com tamanha frieza as necessidades dos munícipes? Será que o descontentamento com os resultados das urnas está sendo descontado diretamente nos serviços públicos?

Cotia é uma cidade que vem crescendo rapidamente, e o TEG representa um rompimento no orçamento de muitas famílias que, de outra forma, permanecem de arcar com os altos custos de transporte. No entanto, uma comunicação direta entre motoristas e pais no WhatsApp revelou uma realidade preocupante: a empresa responsável pelo TEG enfrenta um atraso de cinco notas fiscais, situação que compromete diretamente o transporte de crianças e adolescentes que dependem do serviço.

Falta de Pagamento e Falta de Respeito

A falta de pagamento, confirmada por fontes próximas à Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (Setram), é um indicativo claro de desorganização e descaso. Não é a primeira vez que Cotia se depara com problemas de pagamento em serviços essenciais. A diferença, desta vez, é uma dúvida que fica no ar: estamos diante de uma mera crise administrativa ou de uma represália política? É possível que uma gestão descontente com os resultados eleitorais esteja decidindo encerrar o mandato de forma negligente, penalizando justamente quem mais precisa.

A pergunta que ecoa entre os moradores é simples: até janeiro, como ficarão os serviços básicos de Cotia? Se o transporte escolar está em risco, quais outras áreas podem ser afetadas em uma eventual “operação tartaruga” administrativa? Saúde, segurança, e assistência social são setores vulneráveis a um possível desmonte.

De Olho em 2026

Vale lembrar: quem apoia, legitima e associa-se essas práticas se tornam cúmplice de uma gestão que, ao que parece, coloca o interesse político acima das necessidades da população. Em 2026, os mesmos líderes políticos irão de volta, trazendo novos rostos e promessas de campanha. Cabe aos membros de Cotia observar atentamente quem são esses nomes e se comprometer com uma administração digna ou se apenas manter o círculo de interesses pessoais e políticas de vingança.

Cotia merece mais que o desleixo e a irresponsabilidade. Fiquemos de olhos bem abertos.