Cotia entre o lixo e a negligência: até quando?
Data de Publicação: 16 de novembro de 2024 21:50:00 O município de Cotia parece estar imerso em mais uma de suas controvérsias administrativas já conhecidas.
Cotia entre o lixo e a negligência: até quando?
O município de Cotia parece estar imerso em mais uma de suas controvérsias administrativas já conhecidas.
Por Vinícius Mororó
No meio do início da campanha contra a dengue, uma cena contraditória chama a atenção: ruas abarrotadas de lixo. A contradição é tão evidente quanto alarmante, levando os moradores a questionar a real eficiência da gestão municipal.
A primeira pergunta que ecoa entre os munícipes é: como você faz o contrato com a coleta de lixo? As promessas de regularidade e eficiência na coleta parecem ter sido esquecidas, enquanto o lixo se acumula, contribuindo diretamente para a evolução do mosquito Aedes aegypti. A negligência não apenas alimenta o aumento dos casos de dengue, mas também intensifica os riscos de enchentes, já que o lixo bloqueia os sistemas de drenagem.
O legado de Rogério Franco: promessas não cumpridas?
O prefeito Rogério Franco, que já está em reta final de mandato, precisa responder à altura: como pretende deixar a cidade ao término de sua gestão? Muitos moradores especularam que essa inércia administrativa seria reflexo de um ressentimento político, já que sua candidata à sucessão não conseguiu vencer nas urnas. Será que os interesses políticos pessoais estão falando mais alto que as necessidades básicas da população?
O silêncio do Ministério Público também é alvo de críticas. Até quando uma negligência administrativa será tolerada, colocando em risco a saúde e a qualidade de vida dos munícipes?
Prevenção ou improviso: ações contra as chuvas intensas
Enquanto as ruas de Cotia continuam tomadas por resíduos, os representantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SNPDC) discutem ações para o monitoramento de riscos e mitigação de danos durante o período de chuvas intensas, previsto entre dezembro de 2024 e março de 2025. Contudo, o que está sendo feito, de fato, para prevenir tragédias no município?
Com a ausência de uma coleta de lixo eficiente, a situação é que um barril de pólvora pode explodir. Não é preciso ser um especialista para compreender que mais lixo nas ruas significa maior risco de alagamentos e um aumento nos focos de dengue. O cenário exige um plano de ação concreto, mas o que se vê até agora é apenas a reprodução de um histórico de improvisos.
A Câmara Municipal pode ser a voz da razão?
Diante da desorganização do poder executivo, a Câmara Municipal de Cotia tem uma oportunidade de ouro: intervir antes que o município mergulhe em uma crise ainda maior. Os vereadores foram eleitos para representar os interesses da população e, nesse momento, a fiscalização e cobrança junto ao Executivo não são apenas permitidas, mas uma obrigação constitucional.
É inegável que o recesso parlamentar se aproxime, e muitos vereadores deverão aproveitar esse período para descanso e viagens um direito legítimo. Mas, até janeiro, quem vai cuidar de Cotia? Se o prefeito Rogério Franco já deixou evidente sua incapacidade de “dar conta do recado”, ou que será dos munícipes durante a ausência de um Legislativo atuante?
Cotia pede socorro
A realidade em Cotia exige mais que discursos vazios ou promessas adiadas. O acúmulo de lixo, as enchentes iminentes e o aumento de casos de dengue são alertas claros de que a população está privada de direitos garantidos pela Constituição, como saúde e um meio ambiente equilibrado.
O momento é de ação. É hora de o Ministério Público, a Câmara Municipal e as lideranças comunitárias iniciarem a gestão municipal para cumprir com suas obrigações. Porque enquanto o lixo se acumula nas ruas, o que realmente está no jogo é a dignidade dos moradores de Cotia.
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