O Combate à Violência Contra a Mulher Começa na Infância

O Combate à Violência Contra a Mulher Começa na Infância

Data de Publicação: 25 de novembro de 2024 00:20:00 Olhe para o lado. Essa mulher ao seu redor pode ser a próxima vítima.

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O Combate à Violência Contra a Mulher Começa na Infância

Olhe para o lado. Essa mulher ao seu redor pode ser a próxima vítima.

Mais um ano se passa, e as campanhas de combate à violência contra a mulher continuam a ocupar nossas agendas. O Agosto Lilás, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher (25 de novembro), e inúmeras palestras e passagens nos lembram da urgência dessa luta. Mas uma pergunta insiste em nos assombrar: por que os números não mudam?

Dados mostram que, apesar de milhões de investimentos, os índices de violência contra a mulher permanecem alarmantes. É impossível dissociar essa realidade da nossa responsabilidade coletiva. Afinal, se temos mulheres em nossas famílias, todas somos parte dessa questão. E pelas estatísticas, a próxima vítima pode ser alguém que amamos.

Onde estamos falhando?

A segurança pública tem feito esforços significativos. Delegacias especializadas, grupos de inteligência e servidores capacitados foram implementados. A sociedade civil, por sua vez, organiza ações de conscientização em escolas, empresas e comunidades. Mesmo assim, os ciclos de violência persistem.

Será que estaremos atacando as consequências, mas ignorando as causas?

Pesquisas apontam que muitos agressores são homens adultos que cresceram em lares onde a violência era normalizada. O machismo estrutural, aliado à ausência de políticas eficazes de saúde mental e educação emocional, gerou adultos incapazes de lidar com seus próprios traumas, perpetuando assim a violência.

A Infância: O Verdadeiro Campo de Batalha

Se queremos mudanças reais, precisamos olhar para as crianças. É na infância que comportamentos agressivos e ideias machistas começam a se formar. Muitas crianças presenciam seus pais ou familiares exercendo violência física, psicológica ou financeira contra mulheres. Isso cria um ciclo vicioso que molda futuros agressores.

Uma solução? Um investimento maciço em saúde mental infantil. Imagine uma lei federal que obrigasse todas as famílias, independentemente de classe social, a levar seus filhos a avaliações psicológicas regulares nos CAPS Infantis (Centros de Atenção Psicossocial). Esse acompanhamento ajudaria a identificar traumas e padrões de comportamento antes que se tornassem problemas maiores.

Além disso, o benefício social poderia estar relacionado a essa prática, assim como ocorre no programa Bolsa Família, onde é obrigatório manter as crianças na escola e em dia com a vacinação.

Enfrentando os Maus Exemplos

Não podemos parar nas crianças. É crucial responsabilizar os adultos que perpetuam comportamentos agressivos. Homens que cometem violência contra mulheres precisam de acompanhamento psicológico obrigatório, seja por meio de programas públicos ou iniciativas comunitárias.

A mudança começa quando nos deixamos de aceitar o machismo como algo “normal” ou cultural. Religião, tradições ou contextos históricos não justificam a violência. E é papel da sociedade como um todo homens, mulheres, instituições públicas e privadas  interromper esse ciclo.

Todos Pela Luta

A violência contra a mulher não é um problema isolado; é uma ameaça que atinge o coração das famílias, das comunidades e da humanidade. Se você ainda não faz parte dessa luta, é hora de agir. Porque a próxima vítima pode ser sua mãe, sua irmã, sua filha, sua amiga.

Todos viemos do feminino. Honremos essa origem protegendo e respeitando quem nos trouxe ao mundo. A mudança começa hoje, começa em você.

 

 

Jornalista-Atípico
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